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ToggleA Nova Regra das Eleições Comprovada na Prática Por Quem Entendeu Isso e Mudou a História.

Existem candidatos que ainda acreditam que ganhar uma eleição é apenas uma questão de fazer uma propaganda bonita, repetir promessas, mostrar currículo ou espalhar santinhos pela cidade. E apostam suas fichas no período oficial da campanha. Mas a ciência já mostrou há muito tempo: o voto não nasce na propaganda. O voto nasce na emoção. E a emoção é construída muito antes da campanha oficial.
A neurociência política, apoiada em estudos sobre comportamento eleitoral, demonstra que a maior parte das decisões humanas, incluindo o voto, é tomada no Sistema 1 do cérebro — aquele que é rápido, automático, inconsciente e emocional.
Daniel Kahneman, Prêmio Nobel, mostrou que esse sistema guia cerca de 90% das decisões humanas, enquanto o Sistema 2 (lento, racional, analítico) entra apenas para justificar depois a escolha emocional que já foi feita.
Em resumo:O eleitor sente primeiro.Decide sem perceber.E só depois arruma uma explicação “bonita” para aquilo que já tinha decidido emocionalmente.É por isso que propaganda bonita, discurso técnico ou currículo pesado não são suficientes para ganhar eleição.
Agora, vamos ver como isso aconteceu, na prática, em 5 casos emblemáticos da história política recente:
Exemplos Reais: Quando a Emoção Ganhou da Propaganda
MILEI 2023 (Conexão emocional) vs. MASSA (Campanha tradicional)

MILEI: Javier Milei entendeu o sentimento que pulsava nas ruas da Argentina: raiva, indignação, frustração. Enquanto os políticos tradicionais tentavam explicar propostas, Milei entrava direto no coração da população, dizendo frases como “Eles são a casta!” e “Não somos escravos!”. Antes mesmo da campanha oficial, ele viralizou em vídeos espontâneos, sem marqueteiro polido, falando com fúria controlada mas sincera.
Neurologicamente, Milei ativou insistentemente a amígdala cerebral do eleitorado — o centro do medo, da raiva, da necessidade de defesa — e transformou essa energia em identificação emocional.
Quando a campanha oficial começou, Milei já era um símbolo emocional de mudança.
MASSA: Sergio Massa fez o “dever de casa” do marketing tradicional: propostas, anúncios, jingles, alianças.Mas a população, cansada de “mais do mesmo”, simplesmente ignorava a racionalidade dos seus argumentos.Massa falava para o cérebro analítico (Sistema 2), mas o eleitorado estava votando pelo Sistema 1 — indignação, desejo de ruptura, necessidade emocional urgente.
Conclusão:
Milei venceu porque acendeu as emoções certas antes. Massa perdeu porque acreditou que a propaganda venceria o sentimento popular.
OBAMA 2008 (Conexão emocional) vs. MCCAIN 2008 (Campanha tradicional)

OBAMA: Barack Obama não esperou a campanha oficial começar para se tornar conhecido. Desde 2007, ele já vinha trabalhando sua imagem emocional: um jovem senador com origem humilde, que representava mudança, esperança e possibilidade real de uma nova política.
Obama usou a internet como ninguém antes: vídeos curtos, linguagem popular, uma comunicação altamente emocional nas redes. O slogan “Yes, we can” não era só uma frase — era um grito coletivo de superação, resgatando o sentimento de pertencimento e sonho dos americanos comuns.
Além disso, Obama foi um mestre do storytelling: contava sua história de vida de forma que milhões se enxergassem nele. A trajetória de um garoto comum que poderia mudar o mundo ativava o Sistema 1 do eleitor — disparava dopamina (esperança) e ocitocina (confiança).
MCCAIN: John McCain era um herói de guerra respeitado, senador veterano. Tinha currículo de sobra. Mas sua comunicação foi fria, técnica, sem alma emocional.
A campanha dele foi tradicional: anúncios de TV, debates com foco em experiência, promessas políticas baseadas em gestão e segurança nacional.
Só que o Sistema 1 do eleitorado pedia outra coisa naquele momento: mudança emocional, não continuidade racional.
Conclusão:
Obama criou uma experiência emocional coletiva antes da campanha oficial começar. McCain, apesar de sua história heroica, ficou preso na propaganda tradicional e perdeu para a força invisível da emoção.
LULA 2002 (Conexão emocional) vs. SERRA (Campanha tradicional)

LULA: Depois de três derrotas consecutivas, Lula entendeu que precisava emocionar e não apenas se apresentar como sindicalista combativo.Nasceu o “Lulinha Paz e Amor” — um Lula com sorriso aberto, olhar acolhedor, discurso moderado e esperançoso.
Em todos os discursos e aparições, Lula transmitia uma energia emocional suave, segura e positiva. Neurocientificamente, ele ativou a amígdala com esperança e o hipocampo com memória afetiva do povo sofrido que sonhava com dias melhores. A identificação foi instantânea.
SERRA: José Serra apostou em números: inflação, emprego, crescimento, obras.
Sua comunicação era tecnicamente correta, mas sem alma. Serra falava para o lado racional do cérebro — só que a maior parte da população já estava emocionalmente ligada a Lula.Resultado: Serra ficou racionalizando enquanto Lula emocionava.
Conclusão:
Lula mudou o tom emocional. Conectou-se com a esperança silenciosa que o povo carregava.E venceu.
BOLSONARO 2018 (Conexão emocional) vs. ALCKMIN (Campanha tradicional – não foi para o segundo turno mesmo com o maior tempo de TV )

BOLSONARO: Jair Bolsonaro, com pouco tempo de TV e orçamento limitado, apostou tudo na conexão emocional direta pelas redes sociais. Seu discurso era simples, polarizador, emocional: combate à corrupção, defesa da família, segurança pública.A comunicação dele gerava emoções intensas (amor para uns, ódio para outros — mas emoção sempre!).
Desde muito antes da campanha oficial, Bolsonaro já era símbolo de mudança radical para uma parcela da população. Ativava medo (da violência), orgulho (patriotismo), indignação (corrupção) e esperança (por um novo caminho).
ALCKMIN: Geraldo Alckmin tinha apoio de partidos tradicionais, tempo gigantesco de TV ( 5 min 32 seg. O segundo maior tempo era do Fernando Hadad 2 min 23 seg. Bolsonaro tinha apenas 8 seg), estrutura milionária.Mas sua campanha era burocrática, racional, sem chama emocional.
Conclusão:
A força da emoção venceu a propaganda racional. E Bolsonaro provou que, no novo cenário, emoção gera muito mais votos do que currículo e alianças partidárias.
DONALD TRUMP 2016 (Conexão emocional) vs. HILLARY CLINTON (Campanha tradicional)

TRUMP: Donald Trump construiu sua pré-campanha baseado em emoções cruas: medo da imigração, raiva contra o sistema político, orgulho nacionalista. Usava frases simples, repetitivas e impactantes (“Make America Great Again”), que entravam direto no Sistema 1.Nas redes sociais, ele incendiava emoções o tempo todo — com polêmicas, provocações, identificações claras com os eleitores “esquecidos”.
HILLARY: Hillary Clinton apostou em experiência, currículo, preparação.
Sua comunicação era tecnicamente impecável — mas emocionalmente distante.
Não emocionava. Não parecia verdadeira para milhões de americanos comuns.
Conclusão
Trump emocionou — com raiva, esperança ou orgulho, mas emocionou.
Hillary convenceu — mas tarde demais, e sem a força emocional necessária.
O que esses casos ensinam pra você?

Se você ainda pensa que a propaganda oficial vai salvar sua candidatura…
Ou que o currículo, a estrutura, o tempo de TV ou o orçamento vão garantir sua vitória…Precisa acordar agora.
Quem vence hoje é quem constrói a conexão emocional ANTES da campanha oficial começar.
Cada dia perdido é um voto que vai embora.
Cada semana sem estratégia emocional é uma floresta que o adversário começa a plantar antes de você.
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